Cultivares de Trigo

TRITICULTURA - NOVOS RUMOS

No Centro-Sul e Sul do Brasil, a cultura de trigo tornou-se, com o tempo, um sistema de produção agrícola de fundamental importância para o país. Com uma produção economicamente viável, principalmente no período de inverno, as cultivares do trigo são consideradas, no mercado, produtos de alta qualidade industrial: a maioria da classe comercial (trigo, pão) e algumas na classe melhorador. Como um dos países que mais importam este cereal, o Brasil tem, atualmente, como objetivo, o desafio de torná-lo um produto competitivo frente aos demais países produtores, especialmente os do MERCOSUL.  Nos últimos 5 anos, o aumento do recurso tecnológico permitiu a utilização de diferentes técnicas para o controle minucioso da produção. Como exemplo, o uso da tecnologia para contenção de doenças decorrentes da ação de fungicidas, inclusive de forma preventiva, permite, por conseguinte, a produção de cultivares mais produtivas que, por seu turno, também exigem melhor controle fitossanitário. A manutenção do controle de doenças, associada ao cultivo em terras férteis e bem adubadas, tem como resultado a melhora considerável da qualidade do produto, inclusive com índices de valor superior ao importado. Assim, o crescimento do cultivo do trigo, além de ser relevante na região Sul, é também expressivo na evolução da utilização do trigo irrigado no Cerrado. Nesse bioma, a cultivar tomou, aos poucos, uma importância muito maior do que a apresentada em anos atrás, por isso, pode-se dizer que, pelo investimento e entusiasmo dos agricultores desse local, o plantio com certeza continuará em alto nível e desenvolvimento nos próximos ciclos agrícolas.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS SOBRE SEMENTES DE TRIGO E TRITICALE

As indicações do trigo, tanto da cultivar, como da época de semeadura, são as que apresentam maior probabilidade de altos rendimentos; entretanto, devido à instabilidade do clima, e para dar mais segurança ao negócio, é conveniente que o triticultor semeie cultivares de tipos diferentes, isto é, diversifique sua produção em termos de característica agronômica e reação às doenças. Para maior controle, é necessário, ainda, que a população de plantas gire em torno de 300 a 350 plantas/m2, e o consumo aproximado fique na margem de 145 kg/ha de sementes. De acordo com a análise do solo, e lembrando-se da importância da cobertura com nitrogênio (até 40 kg/ha no perfilamento, em função da quantidade matéria orgânica do solo), o triticultor deve fazer uma adubação equilibrada e controlada. Especialmente para a cultura do trigo, o controle de doenças é ação fundamental, devendo ser monitorado durante as fases do emborrachamento e florescimento. Ademais, o produtor deve efetuar atentamente o monitoramento ou acompanhamento da população de pragas, preocupando-se, principalmente, com os pulgões, mais comuns em períodos secos; as lagartas, por sua vez, devem ser apenas controladas quando ocorrem em nível de dano econômico. Por fim, a colheita deve ser prioritariamente realizada quando a lavoura atinge o nível médio de 16% da umidade dos grãos.