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Feijão Gandu Fava Larga

Adubação verde e forrageira.

Feijão guandu fava larga apresenta as seguintes características: alto teor de proteína bruta; boa tolerância à seca; alto potencial para alimentação animal e para adubação verde; raiz pivotante e excelente ação de fixação de nitrogênio.

MANEJO CULTURAL

De acordo com a finalidade, esse tipo de feijão tem semeadura em sulcos espaçados que variam de 0,5 a 1,0 m, além de demonstrar desenvolvimento de 10 a 12 Plantas/m linear. Devido ao lento desenvolvimento inicial, é recomendado semeá-lo em áreas livres de ervas daninhas, ou, em momentos após a dessecação. Os ataques de pragas são raros, sem relevância para a cultura; porém, é necessária atenção especial à ação das formigas cortadeiras. Por apresentar resistência ao ataque de nematóides, principalmente ao da espécie Pratylenchus Zeae, a sua ocorrência não é comum. A altura de pastejo deve apresentar medidas maiores que 50 cm, respeitando, para o seu maior aproveitamento, as características morfológicas da planta.  Na primeira vez de utilização, o gado pode não aceitar bem a produção, mas logo se habitua. É recomendado o corte para forragem no inicio do amadurecimento das primeiras vagens: deve ser feito de 30 a 50 cm do solo, pois, se cortado rente ao solo, as plantas podem morrer ou a rebrota ser demorada e fraca. A cultivar apresenta, ainda, alto teor proteico, tanto os grãos como as forragens contêm aproximadamente 20% de proteína.  Além de tudo isso, a semente apresenta as seguintes características: boa digestibilidade (aumenta o consumo de nutrientes digestíveis totais, elevando o ganho de peso vivo); opção para alimentação das criações na seca (o guandu possui raízes profundas - sistema radicular pivotante -, que conseguem buscar água nas camadas mais profundas do solo. Isso contribui para uma produção satisfatória durante a estação seca do ano) e fácil implantação e manejo (apesar de não tolerar encharcamento, o Feijão guandu, como planta rústica, se adapta a solos de baixa fertilidade, com correções mínimas e responde bem adubação).

INDICAÇÃO DE USO:

Adubação Verde.

Por meio da rotação com leguminosas, e como cultura melhoradora do solo, a prática de adubação verde, além de favorecer a reciclagem de nutrientes, permite a fixação biológica de nitrogênio atmosférico e incorpora até 200 kg de N/ha/ano. Dessa maneira, além de possuir elevada capacidade de produzir biomassa rica em nitrogênio, o guandu fava larga apresenta boa tolerância aos déficits hídricos, o que resulta em melhoria das condições químicas e, sobretudo, físicas do solo. 

Bancos de proteínas. 

Ao diminuir o consumo de rações, como planta forrageira para suplementar proteína direcionada a ruminantes, o piquete isolado é a melhor indicação para alimentação de bovinos. Nos plantios densos, quando o pastejo é direto, há certa dificuldade de circulação dos animais dentro da legumineira, aspecto que demonstra a melhor utilidade dessa última em esquemas cuja técnica adota o corte e fornecimento da forragem desintegrada em cochos. Assim, a parte aérea do guandu fava larga pode ser fornecida aos animais de várias formas, principalmente, transformada em farelo. O primeiro corte das plantas de guandu pode ser realizado em 90 dias; daí em diante, a cada oito semanas, no período das chuvas ou de seca, o corte deve ser mantido. 

Sombreamento para Cafeeiro. 

Muito utilizado como quebra vento, importante na defesa contra as geadas do cafezal em formação, além de servir como adubo verde, o sombreamento para cafeeiro é uma técnica utilizada que, ao realizar um "Túnel" com feijão guandu, visa à proteção do plantio contra geadas mais fracas. A forragem produzida pelo guandu, definida como forrageira, pode também apresentar, dependendo da quantidade de folhas, vagens e hastes existentes no momento da colheita, as porcentagens de 18 a 20% de PB (com ou sem consórcio de pastagens).

Na rotação com cana-de-açúcar.

Indicada para os produtores de cana, a técnica de rotação com cana-de-açúcar deve ser utilizada para descompactação do solo, fixação de nitrogênio e ciclagem de nutrientes. O seu uso deve, também, obedecer ao ciclo de cinco anos para ação em partes do canavial.

Uso em cultivo consorciado.

Para o feijão guandu fava larga, é recomendado o cultivo consorciado com milho e braquiária, pois melhora a produção de forragem (acréscimo de 20%) e atua como fornecedora natural de nitrogênio para as demais culturas consorciadas.

PONTOS FORTES:

O consórcio com pastagens é um recurso importante;  dentre as principais características beneficiadoras, podemos sublinhar as seguintes: permite o fornecimento contínuo de nitrogênio, aumentando a produção de capim; é um excelente biodescompactador natural do solo, que por meio de seu sistema radicular, promove a ruptura de possíveis camadas compactadas da terra; aumenta em cerca de 20% a produção de forragem destinada à silagem (em consórcio com milho ou sorgo); e promove a melhoria da fertilidade dos solos pela ciclagem de nutrientes, aumentando os teores de matéria orgânica.

Características Agronômicas feijão guandu fava larga:

Consumo de sementes: 40 a 50 kg/ha ( linha/lanço).

Época de semeadura: Agosto a  abril.

Sementes por metro:  15 a 20.

Espaçamento médio: 50 cm.

Ciclo: 120 a  160 dias.

Resistência a seca: média.

Massa Verde Ton/ha: 30.

Massa Seca Ton/ha: 15.

sementes de feijão gandu fava larga

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